Muitos alegam que estamos divididos, o que não concordo visto que divisão nos remete a pensar em proporções parecidas e não é o que tenho visto e ouvido.

Me pergunto porque tantos ainda escolhem o viés ideológico da esquerda, mesmo com sucessíveis fracassos mundiais e na recente história do Brasil.

Mas o fato é que não é raro encontrarmos pessoas dispostas a defender os ideais de esquerda, apegados a figuras putrefatas como paixão messiânica.

Nenhuma evidência, nenhum acontecimento é capaz de suscitar neles qualquer dúvida de que talvez seus ideais ou mitos estejam equivocados.

A razão acredito eu é que é mais fácil e doce, tomar o caminho da esquerda, criticando e apontando os problemas e defeitos do “outro lado” que por certo existem em igual proporção, do que tornar-se protagonista da sua própria história.

Socialistas demonizam a classe empresarial, alardeando que as empresas devem dividir seus lucros com os empregados, deixar que participem das decisões, propiciando assim melhor divisão de renda e o tão sonhado equilíbrio social.

Mas o fato é que ninguém é proibido de empreender, e muitos o fazem por falta de opção, colocando em risco seu patrimônio e crédito, em um cenário em que tudo parece conspirar a seu desfavor.

Neste sentido me pergunto, por que os socialistas não criam suas próprias empresas, praticando seus ideais igualitários, assumindo sozinhos os riscos e dividindo os lucros ?

A resposta é óbvia, o caminho da direita é amargo, duro e incerto. É necessário ter gosto pelo trabalho, coragem de enfrentar os desafios e resiliência diante das perdas que certamente ocorrerão.

Reclamar, exigir do outro, colocar-se como vítima seja por qual motivo for e há muitos (cor, sexo, naturalidade, religião) de se entender como excluído e por este motivo merecedor de vantagens frente aos demais.

A esquerda é romântica, humanista, bondosa, luta pelos mais fracos, faz barulho em busca da igualdade e total liberdade e idealiza uma sociedade onde tudo é permitido, exceto é claro pensar diferente das ideias que ela estabelece como corretas.

Combatem a fome com textões no Facebook, mas se negam a doar seu tempo e recursos na distribuição de alimentos, afinal isso deve ser papel do Estado, a eles cabe apontar o que deve ser feito.

Combatem a violência culpabilizando pa polícia e vitimizando os infratores, vitimas sociais de uma sociedade desigual.

Incentivam a educação ensinando crianças a desrespeitar professores, ensinando que suas vontades valem mais do que as estratégias pedagógicas que estão sendo apresentadas.

Tornar responsável por seu próprio destino é algo que nos faz diferentes e melhores a cada dia.

Reconhecer nossas virtudes e combater nossas falhas, traçar objetivos e correr em direção a eles.

Assumir que o que somos hoje é resultado de decisões e ações tomadas no passado e desta forma agir e decidir de forma que o presente se torne melhor e o futuro mais próspero.

Entender que estamos em um grande competição, onde o adversário somos nós mesmos e não os outros.

Cada uma na sua própria trajetória, como um ponto de partida diferente bem como suas habilidades.

Sem dúvida é um processo amargo e dolorido.

Muito mais doce e fácil é acreditar que seus problemas existem por causa de outro, seja o pai, o chefe, o professor ou o governo.

Mudanças sempre nos assustam, sair da faculdade, entrar no mercado de trabalho, destacar-se entre os demais, tudo isso é difícil, desafiador, dolorido.

Muito mais fácil permanecer onde está, de preferência durante 15 anos no DCE de uma Universidade em infindáveis mudanças de cursos que nunca sem concluem, enquanto ilude a si mesmo acreditando que seus protestos, algazarras e manifestações ajudam a sociedade.

Acreditar que pertence a uma diminuta camada da população “esclarecida” e se julgar em um patamar superior aos outros, razão pela qual detêm o direito de impor suas crenças aos demais.

Trabalhar, empreender, inventar, gerar divisas e pagar suas próprias contas, isso é coisa de “coxinha”, de gente que não se importa com o bem social e só pensa em si mesmo, alienados sociais.

E por este viés, são este mesmos alienados que ao construírem suas empresas, carreiras, patrimônio devem repartir com aqueles que escolheram o doce caminho da esquerda, pois sem esta perspectiva não há futuros para indulgentes que desprezam o trabalho, o mercado e o capital.

Rodrigo Socal

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